Churros com Limonada

terça-feira, junho 27, 2006

Bonito pra c******

Uma das boas sacações da cobertura da Copa, na minha opinião, foi do ‘Fantástico’. Eles montaram uma equipe de deficientes auditivos para ‘decifrar’ o que os jogadores e o Parreira falam durante o jogo.

O técnico brasileiro, flagrado desfiando um rosário de palavrões, não gostou da brincadeira. Disse que ‘invadiram a privacidade dele’ e que ele é um homem educado. Pode até ser, mas na boa, durante a tensão de uma partida de Copa, quem não falaria palavrão? Acho que nem a Madre Teresa conseguiria manter a classe.

Mas o melhor mesmo ficou por conta de Pelé. Ao ser mostrado no telão de um estádio, o ‘rei’ soltou a pérola:

- Olha lá, bonito pra caralho!!!!

segunda-feira, junho 26, 2006

O que estraga a Copa (pobre Gregui!)


Bergisch Gladbach, Alemanha _ A festa é linda, as pessoas estão a fim de bom futebol, diversão, pulos e até pequenos sustos. As torcidas rivais sentam lado a lado e incrivelmente não brigam. Mas...sempre tem um árbitro pra estragar tudo. Ontem, o cara quase conseguiu, no jogo de Portugal. E o que o sujeito fez agora com a Austrália é injustificável! Garfada das mais glutonas. Uma pena. É feio e triste.

Tô sofrendo.
Pelo Greg!

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Na falta de Greg, cliquei um da espécie no jogo Brasil X Austrália. Tinham vários desses no estádio de Munique. Nem preciso dizer que adorei a torcida canguru. Até pedi pra segurar o bichinho nos ombros.. Mas essa foto tá nas internas, mostro depois ;)

Pra quem não sabe, Gregui, Gegrui, Gregui - que já tinha trocado o Brasil pelo Peru -agora trocou os cangurus pelos porcos, em Cuba. Quer saber? Pobres porquinhos, isso, sim!

sábado, junho 24, 2006

Jogos de futebol e iogurte de baunilha

Bergisch Gladbach, Alemanha - Com muita pena, digo que faz tempo que não escrevo no Churros com Limonada. Posso culpar o tempo (a falta), mas vou pular esse parágrafo, pra contar brevemente:

1. Errei na minha avaliação inicial. Königstein é uma gracinha. Na região Taunus, a cidade é cercada de verde, tem aquelas construções alemãs fofas que Itaipava e Campos de Jordão adoram imitar. E a comida é boa. Freqüentei bons restaurantes italianos e falei muito português com uns patrícios que servem um delicioso choclo. Os "irmãozinhos" usavam uma camisa de Portugal não-oficial como uniforme, o que fez minha cara-de-pau se revelar: pedi uma de recordação. O compadre do dono do estabelecimento e dublê de garçom prometeu me dar a dele. Meus amigos de trabalho torceram (melhor seria dizer taparam) o nariz: "Pô, Churros! Esse cara não tira a mesma camisa do corpo há cinco dias. Não vai ter sabão que dê jeito!". Eu me afeiçoei tanto aos portugas que nem liguei.

2. VI O PRIMEIRO JOGO DE COPA DO MUNDO DA MINHA VIDA. NO ESTÁDIO (e que estádio, o Olímpico de Berlim!). ALI, NA ARQUIBANCADA. Ouvindo o hino. Vendo as camisas amarelas feito formiguinhas (ainda mais agora que minha miopía tá piorando)...Emocionante, emocionante...Não quero ser piegas e dizer o quanto amei a sensação...
Não, eu não chorei ;)

3. Mas não posso negar: a torcida brasileira é muito fraca aqui. Depois explico com calma.
No primeiro jogo, os croatas deram show na arquibancada.

4. Cheguei a Berlim e só lembrei de "Corra, Lola, Corra". Nem sei se a película foi filmada lá. Mas a cidade está no ritmo de Lola. Deu pena não ter conhecido direito. Aliás, nada. Só vi Berlim da janela do ônibus. Romário, nem sempre este é o melhor lugar!

5. Trabalhar numa Copa do Mundo é o máximo. Mas significa o seguinte: "Venha e saiba que verás quase nada de Copa do Mundo!".
(Neste momento, assisto a México X Argentina. É o primeiro jogo que acompanho por mais de 10 minutos seguidos, tirando os da Seleção Brasileira).

6. Depois das mostardas...o que são os iogurtes alemães???!!!!

Outro dia, ganhei umas uvas verdes na Suíça. Eram tantas (e boas) que não consegui terminá-las antes da viagem à Alemanha. Fiquei com pena de jogar fora e embarquei com as frutas no avião. Neguinho não perdoa, né?! Claro que virei motivo de chacota. Se fosse o príncipe Charles ...Dizem que ele levou quilos de sorvete do Mil Frutas, de avião, para Inglaterra.
Tô pensando seriamente encher um isoporzinho de iogurte de baunilha na volta.

segunda-feira, junho 19, 2006

Bolão das Videntes

Época de Copa do Mundo é também tempo de bolão de apostas. Aqui no trabalho está rolando um, do qual estou fora porque não tenho conhecimento nem imaginação para arriscar palpites. Cada jogo é uma confusão, com várias pessoas torcendo pelo melhor resultado para sua posição no bolsão de apostas.

Ontem, descobri um que eu adoraria participar. É o bolão das videntes, montado pelo programa ‘Pânico na TV’. Eles entrevistaram vários adivinhos e astrólogos para antecipar os resultados dos jogos do Brasil.

Até agora, apenas uma astróloga acertou a vitória do Brasil no primeiro jogo, sem arriscar um placar. Mãe Dinah, coitada, nem sabia o nome certo do país adversário da Seleção no primeiro jogo. “Brasil e Croata, né”, perguntou antes de fazer a previsão. O ‘Pânico’ corrigiu no ar.
Um pai de Santo previu 4X 1 contra a Croácia e 3X 1 contra Austrália e ainda disse que o programa poderia cobrar dele se o resultado desse errado. Muito bom!!

sexta-feira, junho 16, 2006

Excesso de preciosismo

Acho que a cobertura da Copa está pecando pelo preciosismo. Olha só essa nota:

14h17m - Copa 2006
Malouda se recupera de hemorróida e deve estrear pela França

Fico com pena de Florent Malouda, que não jogou contra a Suíça, mas e eu com isso?

O melhor mesmo fica por conta do texto:

“A natureza do problema de Malouda era desconhecida até que o próprio jogador contou a repórteres, já que o técnico Raymond Domenech recusa-se a falar sobre a situação médica de seus atletas”.

Mas claro, né? Quem gostaria de falar abertamente sobre hemorróidas!

Essa Copa tá bizarra. E os negões continuam a me decepcionar. Perderam justo para a Holanda.
: (((

quinta-feira, junho 15, 2006

Inglaterra X Trinidad e Tobago

Pois é, os ingleses conseguiram garantir a vitória no segundo tempo. Primeiro gol do bocó do Crouch... e ele não fez a dança do robô! Que droga!!! Já vi que ele tava falando sério mesmo sobre suspender a performance.

E os africanos não estão ganhando nada. Estou muito decepcionada. Eu sou negão!! Quero ver meu time ganhar, pô!!!

quarta-feira, junho 14, 2006

Jogo da patolada

E não é que um croata passou a mão lá no Kaká?
Só não sei se foi antes ou depois do gol.

Dá uma olhada: http://gmc.globo.com/GMC/0,,2465-p-M481823-MC415,00.html

PS – Aproveitando, estou muito triste que o Crouch desistiu de fazer a dança do robô. Disse que está jogando mal e Copa do Mundo é coisa séria, portanto, nada de dancinha! Sem graça!!! Humpf!

domingo, junho 11, 2006

Os supermercados do mundo

Quando tinha 12, 13 anos, um dos meus grandes sonhos era morar num condomínio que via quando saía do túnel Dois Irmãos, em São Conrado. O prédio continua lá, em cima das Sendas. A Rocinha cresceu, eu também e hoje dou graças a Deus por esse sonho preguiçoso não ter virado realidade.

Minha mãe era a culpada. Na época, ela começou a me "mandar" ao supermercado. Era trabalho escravo. Ela ficava em casa, mas sacrificava a minha "Sessão da Tarde" por causa de leite em caixa e uma dúzia de ovos. Eu odiava fazer compras. Primeiro porque o mercado ficava a quase dez minutos de caminhada. Segundo porque eu detesto leite. Refrigerante era proibido durante a semana... Descobri, então, que o condomínio de São Conrado seria a solução perfeita. Passava por lá e só pensava em como as crianças daquele prédio deviam ser felizes. Para isso, bastava descer de elevador.

Depois de perder muitas Sessões da Tarde, peguei trauma. Durante anos, odiei todos os supermercados do Rio de Janeiro. Ódio-amor-supermercados agora são um vício na minha vida. Adoro. Quando viajo, é programa obrigatório.

Anteontem, visitei o primeiro na Alemanha. Fica em Obersursel, onde estou hospedada.
Os 43 mil habitantes da cidade devem caber ali dentro. É enorme.
O que mais chama a atenção: a seção de meias (várias cores, tamanhos, desenhos, promoções) e a prateleira de mostardas. Tem qualidades de Dijon sem fim e baratas! Mostarda com mel, com ervas finas, mostarda de condimentos, mostarda com frutas.
Tinha mostarda comum também.
Optei por uma de cassis. É rosa. Achei muito alternativa!

Pensar que deixei mostarda de fora da lista que inclui sorvete de pistache e chocolate com menta...O paraíso é aqui, na prateleira de Oberusel.
Tenho comido mostarda até no pão com queijo.
Lembram que a calça estava larga? Agora, não fecha no primeiro botão.


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Aprendi a pronunciar Königstein certinho. O acento tá uma beleza!
Diz-se algo como Kênicsxxtain!
Agora tenho praticado "Oberursel". É tipo ôbaauzel, fazendo bico. Mas tô quase desistindo. A cada tentativa, um novo alemão gargalha na minha cara.
Pelo menos, já sei como quebrar o gelo.

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Minha mãe me ligou há pouco. Lembramos a história do supermercado e ela riu. Disse: "Eu fazia isso pra te ensinar mesmo. É bom aprender essas coisas desde cedo". Se ela soubesse a quantidade de chocolate que tenho posto no carrinho de compras, ia ver que a tática não deu certo.

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Gente, se contasse que um corte no dedo às vezes faz uma diferença...
Essa, depois eu explico ;)
beijos.

sexta-feira, junho 09, 2006

Rômulo Arantes é ‘vintage’

Essa semana descobri que o espírito de Rômulo Arantes ainda está entre nós. Ou melhor, entre a seleção inglesa.

Todo time tem uma dancinha cafona para comemorar o gol. Mas o atacante inglês Peter Crouch conseguiu superar a todos. Ele faz a dança do robô!!

Segundo matéria da Folha de S. Paulo, a modalidade surgiu nos anos 70, sob influência da popularidade do andróide C3PO, de Guerras nas Estrelas. No Brasil, deve ter estourado na década de 80 porque lembro de ter visto Rômulo Arantes, de sunguinha prata e banhado de purpurina, em uma performance no ‘Vídeo Show’. Inesquecível, claro!! Com o revival 70 que estar por vir, corre-se o risco de voltar à moda.

Para quem quiser antecipar o mico de amanhã, aqui vai o link de um vídeo de Crouch em ação: http://www.worldcupblog.org/world-cup-2006/will-any-world-cup-celebration-top-this.html

Deustchland über alles

Recordar é viver, já dizia um bordão futebolístico. Com a Copa do Mundo, pipocam especiais sobre várias cidades alemãs. Eu aproveito para lembrar um pouco da viagem que fiz ao país em 1996.

Fui visitar uma amiga alemã que morava em Karlsruhe, uma cidade cerca de duas horas de Frankfurt, se não me engano. A cidade é mais ou menos grande, é conhecida por ter uma renomada Universidade de Música e tem um castelo lindo de morrer (esse aí da foto), que deu o nome ao lugar. Era nele que o imperador Karl passava suas férias em busca de sossego (ruhe, em alemão).

Mas especialmente esta semana, Karlsruhe tem uma atração bem mais interessante: David Beckham!! Sim, a seleção inglesa está lá. Até minha mãe falou: "Imagina, você está no meio da rua e encontra Beckham". Infelizmente não tive essa sorte.

quarta-feira, junho 07, 2006

A Copa da minha vida

Churros que me perdoe, mas não entendo NADA de Copa do Mundo. Outro dia, cheguei a levar uma bronca de um colega que não acreditou que eu não lembrava do gol de Branco contra a Holanda em 1994. Não lembro mesmo e, sinceramente, não me sinto culpada por isso.

Mas o tamanho da minha alienação acabou me assustando ontem. Pensando de qual Copa eu me lembrava mais, cheguei a conclusão que foi a de Moscou, pelos meus cálculos, a Copa de 82. Na época eu tinha uns sete anos e amava o mascote, o ursinho Mischa!!!

Tudo muito bom, muito feliz....mas peraí! Copa não tem mascote!!! Ou seja, a melhor Copa da minha vida foi uma Olimpíada!! A de 80, quando eu tinha cinco anos!!

Além da minha burrice, fiquei impressionada também com a minha memória. Porque lembro perfeitamente da abertura da Olimpíada, quando soltaram um balão lindo do Mischa. Encorajada pelo meu irmão, fiquei uma meia hora no quintal da minha casa esperando o balão passar. Ele me assegurou que o Mischa passaria e a boboca aqui acreditou.

terça-feira, junho 06, 2006

Pois é. Virei à direita!!!

Outro dia, ainda em Weggis, fiz minha primeira noitada. Daquelas de dormir às 5h da manhã. Daquelas em que você acorda no dia seguinte e se pergunta: "Pra que eu fiquei na rua até clarear?!". Noite daquelas de se arrepender; em que você fala demais, fuma demais (e eu não fumo!), perde a noção.
Você vai dormir pensando que tudo ficou sob controle. Putz, isso sempre acontece comigo: já com a cabeça no travesseiro, eu sempre acho que me saí bem. Claro, no dia seguinte, quando o raciocínio volta ao lugar, percebo o desastre.

Aconteceu de novo. Mas sabe o quê? Acordei feliz. Precisava muito; me fez bem.
Porque me levou um pouquinho à academia, à matriz, à drinkeria, à lapa sem rumo, ao último quiosque aberto, a todas as jacas que só a gente conhece bem..
Sinto muita saudade de vocês.

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Cheguei ontem à Alemanha. Saí de Genebra segunda de manhã. Minha passagem por essa cidade suíça foi rara. Uma das poucas vezes na vida em que não caminhei pelas ruas. Não deu tempo. Agora, estou em Konigstein, um lugar micro com muito verde em volta...Todo mundo tá achando lindo. Eu tento não ser estraga-prazer, mas só lembro da visão dos Alpes e do Lago Lucerna da varanda do meu quarto em Weggis...

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Em compensação, os preços por aqui....Quanta diferença! Weggis é tipo morar na Vieira Souto e só comer no Antiquarius. Quer dizer, não sei. Eu nunca comi no Antiquarius.

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Comentário dispensável: acho que o pão na Suíça e na Alemanha tem mais fribras do que o organismo brasileiro está acostumado.

quinta-feira, junho 01, 2006

Ele disse, ela disse – A volta dos que não foram

Eu juro que achei que essa novela já tinha terminado. Mas eis que a vida surpreende e ele me liga, ontem, para contar mais um novo capítulo. Sim, até ele já ri da situação e me telefona dizendo que tem novo capítulo.

Antes, um pequeno flashback para entender a história. Depois que os dois saíram pela primeira vez e rolou a troca de insultos, ele, sabe se lá por que, resolveu insistir e marcou um cinema. Por uma sugestão minha, foram ver ‘Terapia de Amor’, uma comédia romântica água com açúcar.

Nenhum dos dois gostou. A coisa ficou tão feia que, segundo ela, os dois passaram a noite lado a lado bufando. Clima terrível. O que ela fez? Não, não foi embora. Deu um beijo nele para ver se melhorava a coisa.

Apesar da iniciativa ter sido dela, jurou que não gostou e prometeu nunca mais repetir o programa. Depois de mais uma briga pelo MSN, ela me manda um e-mail dizendo que ele era ‘um encosto e que esperava que ele não trancasse os caminhos dela’. Segundo ele, a briga não foi nada demais. Eles tinham combinado um cinema e ela furou. Ele mandou um torpedo reclamando. Fim da história?

Que nada!! Na semana passada, ela pediu que ele levasse uma amiga dela a um centro espírita (ele é kardecista) porque um familiar da menina está doente. Ele aceitou. A menina, que não conheço, se empolgou com a gentileza dele e perguntou a ela se ele era interessante. Não caiu bem para ela.

Mesmo jurando de pés juntos que não é afim, ela ligou para ele para tomar satisfações. Disse que não gostou de saber que ele anda mandando torpedos para a menina e que era uma pena que a tática de conquista dele – as mensagens de texto – não tivessem dado certo com ela. Irritado, ele mandou ela para todos os lugares chulos possíveis e ela RIU.

Os dois combinaram de se encontrar no domingo. Se não parar no altar, essa história certamente acaba no hospício.