Era uma vez, dois verões

Pois é, eu achei que ia ter a sorte de um ano assim, com dois verões. Um brasileiro e outro europeu.

Mas o verão europeu a mim reservado não é Espanhol, nem italiano, infelizmente. É belga e, portanto, chove. Chove muito. Meus colegas garantem que não é assim sempre, que é um certo azar da minha parte mesmo. Que sacanas!

Na verdade, acho que a cidade ainda não se resolveu. Na terça, por exemplo, ora chovia a cântaros, ora abria o sol. Se eu tivesse de férias, talvez ficasse chateada, mas trabalhando tudo bem. Pode chover à vontade. Só espero que o tempo abra no fim de semana.

A prioridade, para os meus colegas, é que eu conheça o "belgium way of life". Até agora, para mim, isso se resumiu apenas a comer batata-frita em cone e waffle de tudo quanto é tipo. Ou seja, vou voltar um balão.

Limonada belga

Durante as próximas semanas, a limonada vai ter um sabor diferente. Em vez de 100% brasileira, vai passar a ter um pouco de gosto belga.

E como é isso? Não sei ainda. Mas o gosto do Brasil em Bruxelas eu já descobri qual é. A última vez que estive por aqui, entrei numa lojinha que vende batata-frita em cones. Entre os molhos para escolher, havia a opção Brasil. Claro que perguntei ao vendedor que gosto era.

- Banana – ele respondeu.

Bem previsível, né?

O indie é pop

A Leader Magazine é uma das minhas lojas preferidas. Nem sei bem por que, já que quase não vou lá. Mas simpatizo. Talvez por causa de uma calça jeans que tenho. Amo muito. Deixa o corpo bonito, é escura e me poupou bons reais na carteira, dada a grife citada. Além de tudo, minha baby jeans é bastante elogiada pelas amigas, que nunca suspeitariam tratar-se de uma legítima 'leader'! Dane-se isso. O que importa é que, com ela, eu sou feliz.

Então, estou eu ontem na Leader - depois de anos - tentando escolher um irmãozinho mais novo para a primogênita azul e ouço uma música ambiente que me chama a atenção. O refrão é fácil, bem fácil. Poderia ser qualquer hit de FM brasileira. Mas não é música baiana, não é Ivete Sangalo, nem Rogério Flausino. Finalmente, me dou conta:

É Ben Lee.

Amado pelos indies. Cultuado. Cantado. Dançado (de olhinhos fechados). O ex da Claire Danes, minha ídola de séries televisivas, depois que deu vida à Angela Chase, a adolescente mais cool que já conheci na minha vida.

É Ben Lee, o mesmo cantor australiano que vi tocar num 'banquinho e violão' numa apertada e mofada livraria cool londrina.

Refrão fácil, Leader Magazine, "banquinho e violão"???
Só posso dizer que o indie também é pop.
E that's the way I like it.

Reality show: Dia dos Namorados

Uma amiga estava assistindo o noticiário ontem, não se lembra se Record ou SBT, quando uma repórter aparece ao vivo em um shopping, para comentar o movimento do comércio às vésperas do Dia dos Namorados. Típico da época.

Ao fim da matéria, a âncora pergunta a repórter se ela já havia comprado o presente do namorado. Nenhuma resposta. A âncora insiste e...

- Não, terminei na semana passada – responde a repórter mal humorada.

Surreal!!

PS – Não ganhei presente hoje, mas ganhei um obrigado de uma amigo, a quem eu apresentei a atual namorada. Ser cupido também é bom! : ))

Amnésia boa!

Três minutos atrás no telefone com um amigo, ele me pergunta o que dar de presente à namorada.

- É aniversário dela? – pergunto.
- Não, Limo, é Dia dos Namorados!

Que delícia ter esquecido dessa data!!!

Oh, happy day 2!!! (in Mel Brooks' style)

Só pra contrastar: quarta-feira, véspera de feriado, estou até agora no trabalho, sem previsão de saída e uma casa de cabeça pra baixo me esperando, só pra ter bastante labuta caseira também durante a folga de quinta (que sabe-se lá q horas vai começar).
Não é ou é pra se sentir feliz?

não precisa responder.

Oh, happy day!

Tem dias que a gente sabe que é mais feliz. No domingo, foi assim que me senti.

Café da manhã sem pressa com colegas de trabalho em Bruxelas, o 'coração da Europa'. Depois, para aproveitar o atípico dia de sol e pouco frio, uma volta por uma parte da cidade que eu ainda não conhecia. Uma conferida no mercado de pulgas e uma pausa para um café.

De noite, em Lisboa, um amigo fofo me esperava no aeroporto (tem coisa melhor?). Jantar na Expo (na Capricciosa lisboeta, quem diria!), degustação da Superbock limão (cerveja de menina, segundo meu anfitrião), passeio noturno pelos principais pontos turísticos (o tour 'Liboa by night' inclui paradas na Torre de Belém, Mosteiro dos Jerônimos e Praça do Comércio), com direito a pastel de Belém às 23h (a casa, descobrimos, fica aberta até meia-noite ou até o último pastel ser vendido) e uma volta pelo bairro alto, a Lapa de lá, bebericando uma Sagres (a cerveja patrocinadora da seleção portuguesa).

É ou não é para se sentir feliz?