Carla Bruni e Sarkozy

É isso mesmo. O namoro desses dois vai render assunto até por aqui. Confesso que até bem pouco tempo Carla Bruni não dizia nada para mim. Mas no ano passado, por sugestão de uma amiga, baixei algumas músicas para treinar o meu francês.

Fiquei viciada. Primeiro na bonitinha "Quelqu'um m'a dit", depois em "Those dancing days are gone". Realmente, além de linda, Carla Bruni tem uma voz e tanto. Se eu pudesse escolher a minha voz em francês, seria a dela.

Então surgiu a notícia do namoro dela com o Sarkozy. Minha primeira impressão é que fila andou um tanto quanto rápido para o presidente francês. Mas ao que parece o que incomoda mesmo é o currículo amoroso da moça.

Na semana passada, recebi um e-mail falando dos mil e uns namorados da modelo e cantora. Do clichê Mick Jagger a Vincent Perez (aprovado!), passando por um francês que desconheço, com que ela terminou para ficar com o filho (casado) do sujeito – o 'Raphael' cantando por ela. Que vem a ser o pai de seu filho.

Nada contra um currículo amoroso extenso. E, segundo meu amigo Jujules, isso também não é problema na França. No Brasil, com certeza seria. O que incomoda os franceses é tanta atenção para o namoro, no momento em que o país passa por problemas gravíssimos. O que provavelmente nós brasileiros tiraríamos de letra, uma vez que estavamos acostumados a ver assuntos políticos importantes serem ofuscados por carnavais, copas e coisas do tipo.

Continuo gostando de Carla Bruni, mas confesso que uma coisa que o Jujules me contou me deixou incomodada. Ela é a estrela de um comercial de carro, que tem algum tipo de seguro que vale cinco anos. Exatamente o tempo de governo de Sarkozy. Pode parecer besteira, mas ela aceitar fazer essa publicidade me pareceu um pouco Luciana Gimenez demais para o meu gosto.

Caras de penico

Terça-feira à noite, meu irmão vem me dar a notícia de que Heath Ledger " tinha morrido.

- Morreu um dos atores que fez "Brokeback Mountain.

- Qual? – perguntei, sabendo que meu irmão não conhece nome de quase nenhum ator.

- O que fez "Homem-Aranha"

- Então morreram os dois, porque nenhum deles fez esse filme.

Jogo de cena

Com um pequeno grande atraso, vi "Jogo de Cena", o mais recente documentário de Eduardo Coutinho. O filme reúne depoimento de 18 mulheres que responderam a um anúncio de jornal publicado pela produção. Algumas das histórias foram também interpretadas por atrizes.

Confesso que quando o filme estreou não me empolguei muito. Talvez porque essa história de explorar o universo feminino já tenha virado um pouco clichê. Preconceito meu. O documentário diverte e emociona na medida certa.

Não pude deixar de pensar no que eu contaria se estivesse no lugar daquelas mulheres. Fora um ou outro episódio inusitado, acho que não teria lá muita coisa a dizer sobre a minha vidinha classe média. Acho que amigas como Ziza, que já levou corrida de ganso e virou anã na Uerj, ou Folha, a rainha das histórias surreais, seriam personagens mais interessantes.

Mas quando lembro como diverti com a história da mulher que se emociona ao ver "Procurando Nemo" e da babá que achou que para fazer filho perfeito era preciso transar várias vezes com o mesmo cara, acho que a graça está justamente nas coisas simples. Talvez não seja a história, mas sim quem a conta.

Uma sequência fala mais que mil palavras num post