Churros com Limonada

sexta-feira, outubro 26, 2007

Um tributo à Dona Adelfa Volpes

Como tudo que é bom dura pouco, o casamento de Adelfa Volpes, de 82 anos, e Reinaldo Waveqche, 24, já chegou ao fim. E de maneira trágica. Nossa querida Adelfa faleceu nesta segunda-feira, sem chegar a completar um mês de casada.

A notícia causou comoção no meu trabalho. Afinal de contas, a vida de Delfa (sim, nos considerávamos íntimas) era debatida quase que diariamente por nós. Aliás, se a minha chefe quantificasse o tempo que a gente perde falando da velhinha...nossa senhora!!!

Bem, voltando à vaca fria (sem trocadilho, por favor, que Adelfa merece respeito) ... primeiro, ficamos com pena porque achamos que ela não tinha podido aproveitar, mas depois de ler uma entrevista do agora viúvo Reinaldo dizendo que a lua-de-mel intensa tinha sido responsável pelo derrame de Delfa e que ela tinha aproveitado bastante, ficamos aliviadas.

Dias depois, chegamos à conclusão de que ela morreu foi de tanta inveja que as mulheres solteiras devem ter ficado dela. Afinal de contas, Dona Adelfa conseguiu desencalhar, ainda que nos últimos minutos dos pênaltis. E ainda por cima com um garotão de 24 (para essa análise não levamos em conta a aparência bizarra de Reinaldo).

Para algumas, Dona Adelfa vai deixar saudades. Uma amiga revelou ter muita admiração pela velhinha. "Quero ficar igual a ela, bem assanhada", me disse, como se já não fosse assim. Aliás, ela é realmente uma Adelfa em potencial. Quase uma reencarnação.

Mesmo morta, Dona Adelfa não sai das bocas de Matilde (leia-se da minha e das minhas colegas de trabalho). Nossa idéia agora é montar um bloco de carnaval em sua homenagem. Só falta Dona Adelfa não gostar e vir puxar o pé da gente de noite.

quarta-feira, outubro 03, 2007

Intimidade

Recentemente, num almoço com companheiros de trabalho, o assunto era Nova York. Eles diziam: "Sim, aquele restaurante francês é ótimo!"."E aquele na 56 com a Lexington?" "Ah, mas eu gosto mesmo do italiano na 65 com a 6th". U-hum.. Fiquei lá ouvindo, né?! Pensando que eu sempre me perco quando resolvo dirigir no Leblon.

Mas, indo em direção ao Centro, sentei nas poltronas do Palácio e finalmente vi o tão esperado filme do Ian Curtis (comentado por minha amiga Limonada abaixo). A produção é sobre ele. O Joy Division aparece como coadjuvante. Mas é preciso dizer que a banda está muito bem representada nas cenas de palco, tocando. Tirando Sam Riley (Ian) e, vá lá, o ator que interpreta o baixista Peter Hook, os outros nada tem a ver - fisicamente - com os demais integrantes do Joy. Isso teria me decepcionado, não fossem os momentos empunhando guitarras e cia. Muito bem reproduzidos! Aí sim, "Bernard Sumner" é o Bernard Sumner.

O filme é bom. Quando pipocou a notícia de que iam rodar a história de Ian Curtis e Joy Division, pulei na cadeira de felicidade. Mas, na real, é difícil satisfazer plenamente um superfã com produções biográficas. Não é diferente com esta. Talvez seja coisa de fã. (des) Control vale a pena. Assim como o livro, que tem muitos, muitos e curiosos detalhes do que aconteceu por ali, no final dos 70, início dos 80. Claro, não tem jeito, sempre sob o ponto de vista da mulher dele e autora, Deborah. Pra mim, a leitura de Touching From a Distance é imperdível!

Ah, um outro ponto - dos mais importantes - a elogiar: linda fotografia. Preto-e-branco. E profundidade. Acho que, pela primeira vez, não tive vontade de cantar junto - quando tocou - Love Will Tear Us Apart. Só ouvir. É de chorar.



p.s. Também é triste demais pensar que aquele coquetel de remédios (e outras coisitas mais) pode ter influenciado (influenciar) o aumento da depressão de Ian (de outros) e o suicídio. O cérebro humano continua um mistério para a medicina.

terça-feira, outubro 02, 2007

Control

Para mim, o Festival de Cinema do Rio acabou ontem com "Control", a biografia de Ian Curtis, lendário vocalista da banda inglesa Joy Division.

A expectativa era grande. Já tinha lido algumas matérias na imprensa internacional. As reportagens eram positivas não só do ponto de vista da crítica, mas também de todos os personagens envolvidos. Segundo o Guardian, os integrantes do New Order, banda dissidente do Joy Division, viram e gostaram do filme.

Eu não achei o filme maravilhoso, mas gostei bastante. Adoro ver como surge uma banda e como as músicas que gosto foram compostas. No entanto, alguns dos integrantes me pareceram meio bobos e também não consegui simpatizar 100% com Curtis. Que ele considerasse o casamento um erro vá lá, afinal casou aos 17 anos, nem devia saber o que fazia, mas por que não deixou a mulher viver em paz quando ela decidiu se separar? E por que não foi se matar na casa da amante? Fiquei com pena foi da Deborah, isso, sim!

Curioso atestar também que, como disseram os Rollings Stones, "it's the singer, not the song". Como bem observou minha amiga, a dança do Ian Curtis, balançado os braços, só não é ridicularizada porque é ele quem faz. Se fosse o 'chuta que é macumba', figura decadente da noite carioca, todo mundo ia achar ridículo.

Para variar, fiquei com vontade de ler o livro "Touching from a distance", que serviu de ponto de partida para o filme. Na falta dele, serviu-me a internet. Achei dois links legais: o site oficial do filme (http://momentum.control.substance001.com/Main.html) e uma reportagem com a filha do Ian, Natalie, dizendo o que achou do filme (http://www.guardian.co.uk/weekend/story/0,,2173084,00.html#article_continue).

segunda-feira, outubro 01, 2007

Charlotte Gainsbourg

Posso estar com a impressão errada, mas ao que me parece, a atriz/cantora do momento é a Charlotte Gainsbourg.

Só na semana passada, vi dois filmes com ela no elenco: "Sonhando Acordado" e "I'm not there". Fuxicando na internet, descobri que ela é a voz que introduz "What it feels like for a girl". Domingo, em casa, assisti a um DVD do show do Air no qual ela canta duas músicas.

Em casa, tenho o CD dela, que o Jujules gravou para mim. Achei muito bacana, principalmente porque é meio eletrônico, ou seja, não tenta copiar o pai, como quem cantou a polêmica música "Lemon Incest". Devia servir de exemplo para Maria Irrita, que insiste em copiar, sem admitir que faz, a mãe Elis Regina.


Quer saber mais? Clica em http://www.charlottegainsbourg.net/