Intimidade
Recentemente, num almoço com companheiros de trabalho, o assunto era Nova York. Eles diziam: "Sim, aquele restaurante francês é ótimo!"."E aquele na 56 com a Lexington?" "Ah, mas eu gosto mesmo do italiano na 65 com a 6th". U-hum.. Fiquei lá ouvindo, né?! Pensando que eu sempre me perco quando resolvo dirigir no Leblon.
Mas, indo em direção ao Centro, sentei nas poltronas do Palácio e finalmente vi o tão esperado filme do Ian Curtis (comentado por minha amiga Limonada abaixo). A produção é sobre ele. O Joy Division aparece como coadjuvante. Mas é preciso dizer que a banda está muito bem representada nas cenas de palco, tocando. Tirando Sam Riley (Ian) e, vá lá, o ator que interpreta o baixista Peter Hook, os outros nada tem a ver - fisicamente - com os demais integrantes do Joy. Isso teria me decepcionado, não fossem os momentos empunhando guitarras e cia. Muito bem reproduzidos! Aí sim, "Bernard Sumner" é o Bernard Sumner.
O filme é bom. Quando pipocou a notícia de que iam rodar a história de Ian Curtis e Joy Division, pulei na cadeira de felicidade. Mas, na real, é difícil satisfazer plenamente um superfã com produções biográficas. Não é diferente com esta. Talvez seja coisa de fã. (des) Control vale a pena. Assim como o livro, que tem muitos, muitos e curiosos detalhes do que aconteceu por ali, no final dos 70, início dos 80. Claro, não tem jeito, sempre sob o ponto de vista da mulher dele e autora, Deborah. Pra mim, a leitura de Touching From a Distance é imperdível!
Ah, um outro ponto - dos mais importantes - a elogiar: linda fotografia. Preto-e-branco. E profundidade. Acho que, pela primeira vez, não tive vontade de cantar junto - quando tocou - Love Will Tear Us Apart. Só ouvir. É de chorar.
p.s. Também é triste demais pensar que aquele coquetel de remédios (e outras coisitas mais) pode ter influenciado (influenciar) o aumento da depressão de Ian (de outros) e o suicídio. O cérebro humano continua um mistério para a medicina.
2 Comments:
Vi ontem com o meu irmão a cena real da apresentação do Joy Division no programa do Tony Wilson. A produção do filme copiou nos mínimos detalhes. Muito legal!! beijos, churrinhos
churros, o maior desafio é dirigir em São Gonçalo. Onde está Limonada? Um bjin pras duas.
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