Churros com Limonada

sexta-feira, setembro 14, 2007

Transgressão à moda antiga

Na terça-feira passada, fui apresentada a George Sand. Na verdade, à Amandine Lucie Aurore Dupin (foto), que usou um pseudônimo masculino para poder ter uma carreira literária.

Amandine não ficou conhecida apenas pelos bons livros que escreveu, mas também pela vida que levava. Mulher à frente de seu tempo, teve vários amantes, o mais famoso deles sendo o compositor Chopin. Também costumava se vestir como homem para poder freqüentar os bares, onde bebia e fumava seu charuto cubano, coisas proibidas para as mulheres de sua época.

A história dela me fez pensar o que seria vanguarda para nós mulheres hoje em dia. Fumamos, bebemos e usamos roupas masculinas. Muitas não casam e trocam de parceiros quando querem e sem aparente constrangimento.

Dois dias depois de 'descobrir' George Sand estive com uma amiga bonita, independente, bem resolvida e solteira. Ela me contou, em tom divertido, que um pretendente sem noção acusou-a de ser uma "mulher com problemas" porque, com 30 anos, nunca havia se casado ou tido filho.

Ao que parece, viver sozinha e bem continua a ser uma transgressão.

PS - Se você, como eu, não a conhecia e quer saber mais vá em http://www.georgesand.culture.fr/fr/index.htm

2 Comments:

Blogger Marloupin said...

Meric Ju! Hier j'ai rencontré Cristiane qui m'a donné tes CD. C'était l'occasion d'un petit bate-papo bien sympathique...

Je croyais que Vinícius était un homme raisonnable mais il n'a rien à envier à Gainsbourg pour ce qui est des conquêtes féminines!

Ça m'a fait plaisir de voir ce film, j'ai retrouvé le plaisir de l'époque où je découvrais la musique brésilienne!

Como prenda de retribução, te envio um pequeno poema que foi escrito pelo Alfred de Musset para a George Sand... Você devia o achar engraçado... é muito... francês no conteúdo como na forma ... ;-)


LE PETIT ENDROIT

Vous qui venez ici
Dans une humble posture
De vos flancs alourdis
Décharger le fardeau
Veuillez quand vous aurez
Soulagé la nature
Et déposé dans l’urne
Un modeste cadeau
Epancher dans l’amphore
Un courant d’onde pure
Et sur l’autel fumant,
Placer pour chapiteau
Le couvercle arrondis
Dont l’auguste pointu
Aux parfums indiscrets
Doit servir de tombeau.

Alfred de Musset à Georges Sand

9:06 AM  
Blogger ziza said...

Tem muita pressão ainda quanto ao fato de cumprir o papel social do casamento. "Quem foi que disse que é impossível ser feliz sozinho?". Mas acredito que essa crise hoje em dia não tem sexo, vale pra todo mundo, afinal a solidão é algo que atinge o ser humano como um todo, do psicológico aos genitais. Mas claro que a cobrança ainda recai com mais força sobre nós mulheres. Bom, depois desse papo... só queimando o sutiã (rsrs). Bjos!

2:48 PM  

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