Levei um ippon!
Algumas discussões têm me entediado profundamente. Frases do tipo “não entendo esses homens!”ou “não entendo essas mulheres!” me dão bocejos. Rodas de discussão sobre a falta de compromisso raramente chegam a algum lugar, a não ser a lamentações como: “Ó, pobre de mim!”. Quanto mais ouço coisas do gênero, mais tenho a certeza de que solteirice não precisa significar solidão. E que casamento tampouco corresponde à união. Os piques de felicidade, penso eu, correm paralelamente a este nível de condição social.
Recentemente – bem recentemente - tivemos um encontro ilustrativo. Do nada, falávamos de um ex-companheiro de trabalho que sempre estava ranqueado entre “os três mais” na votação feminina de fim de ano. Não o víamos há pelo menos uns três anos. Pois dez minutos depois da conversa, quem é que aparece na nossa frente? Inacreditável! Não era novela, nem nada..E isso realmente aconteceu com a gente. Semana passada.
Casado há uma década, ele estava desacompanhado na noite de nosso encontro não-marcado. Sentou conosco.
_ Nunca fui apaixonado! Mas minha união aconteceu assim, porque ela estava ali. Como podia ter sido qualquer uma de vocês.
Põe revelação nisso. Até porque não gosto da idéia de me incluir em um grupo de “qualquer uma de vocês”. Mas vá lá! Ele não articulava bem, mas deixava claro - dando toques a mais (e demais) nas ocupantes da mesa – que muita coisa estava faltando ali. Como diz a tradução da música, “é isso aííí....”
Nosso companheiro esbanjou bom humor com doses de álcool além da conta, confissões desnecessárias e uma melancolia que me pareceu profunda, apesar do tom calhorda das muitas mãos – no estilo polvo – durante a conversa animada que acabou se estendendo a uma pista de dança. Lá estávamos nós, na festa “Sede”, e as mãos de nosso amigo se multiplicavam à medida que o nível etílico dele chegava no vermelho: grau de risco máximo.
Até então, eu – ao contrário das outras amigas - estava fora da mira. Mas, de repente, aquela figura grande – acima de 1,80m e 90 quilos – veio sem controle em minha direção. Desabando. Toda aquela estrutura desmontando na minha frente. Tentei ajudá-lo no tropeço, mas meus pilares não suportaram. Caí. Com todo o peso do amigo sobre minha imobilizada figura no solo, que abriu um clarão Estatelada de costas, com os dois cotovelos encostando no chão.
Se houvesse um juiz, gritaria: ippon! O tatame fez falta. Analgésicos não fizeram efeito e meu pescoço sofreu com dores durante quatro dias seguidos. Mas essas, ainda bem, passam.
p.s. quero deixar claro que gosto muito desse amigo. Foi só um dia de muita bebedeira.
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Atleta por uns dias
Há algum tempo não fazia gosto pelo esporte. Mas voltei aos dias de infância. Tenho me divertido como criança, mudando de canal o tempo todo à procura de uma nova competição. Passei o domingo em frente à tevê. Adoro ver Federer e Nadal na quadra (quase como nos tempos de Bjorg x McEnroe ou de Stefen Edberg x Boris Becker); admiro a natação (lembrando a paixão pela época de Matt Biondi e de Alexander Popov), gosto de ouvir as dicussões na TV a cabo...E, no momento (anteontem), um jogo de basquete MUITO me surpreende. No terceiro quarto, o placar é Uruguai 63 X 58 Estados Unidos. Não é divertido?
Só por dizer:
Eu adoro basquete
1 Comments:
Também estou cansada dessas discussões sobre guerra dos sexos. Faço coro com vc, churros!! beijos
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