Quando a vida imita os filmes
Com certeza. "Ensina-me a viver" é um dos filmes que mais gosto. Lançado em 1972, chegou ao meu conhecimento através da Sessão da Tarde, na época em esse programa ainda passava filmes de qualidade.
O filme fala sobre a história de amor entre Harold (Bud Cort), um jovem obcecado com a morte, e Maude (Ruth Gordon), uma senhora de 79 anos cheia de vida. Apesar da mãe de Harold se empenhar para apresentá-lo uma noiva de sua idade, ele escolhe é a amalucada senhora, uma espécie de avó da Clementine de "Brilho Eterno Sem Lembranças".
Nas telas, a história de amor não convencional nos parece linda e cheia de lições de moral: não se deve ter preconceito, é necessário aproveitar a vida, etc e tal. Mas quando a vida imita o filme, a história é bem diferente.
Nesta terça, me deparei com uma notícia no G1 sobre o casamento de uma senhora de 82 anos com um rapaz de 24. Ela era amiga da mãe do noivo e o conhece desde pequeno. Depois que a mãe dele morreu, os dois passaram a morar juntos. Noivaram e agora vão subir ao altar.
Não precisa nem dizer que a reportagem (que você pode ler em http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL110009-5602-387,00.html) especulou que o motivo da união seria meramente financeiro, o que o noivo negou.
Verdade ou não, é engraçado ver que quando se é ficção, tudo é válido. Mas que "na vida real" ainda estamos longe do preconceito.
A matéria acabou servindo de "pilha" para as amigas solteiras que sonham em se casar. Afinal de contas, a moral da história é que a esperança é a última que morre.
2 Comments:
Tá aí o efeito Tostines. A vida imita a arte ou a arte imita a vida? Bjokas
Assisti a essa peça, há muitos anos atrás com Henriette Morineau e Diogo Villela.'Foi ótima. Achei, aliás, melhor que o filme, que já havia visto.
O mais interessante desta história é que, além de abordar a possibilidade do amor entre tão diferentes, faz isso, também, em relação ao sexo. Aparentemente, é a possibilidade de satisfação sexual envolvendo pessoas maiores que mais choca a sociedade.
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