Churros com Limonada

sexta-feira, agosto 15, 2008

Era uma vez...

João que amava a Maria. Os dois namoraram por dois anos, até que ela decidiu que estava na hora de partir para outra. Ele, coitado, não aceitava que a vida dela andara para frente e ele tinha ficado para trás. Virou um autêntico "homem-curupira". Por mais que tentasse seguir em frente, estava sempre olhando para trás. Até arranjava outras namoradas, mas o fantasma de Maria estava sempre presente.

Maria, por sua vez, fez de João uma página virada. Só uma única vez deixou o passado bater a sua porta, justamente depois que conheceu Pedro, com quem viria a casar. Ela não sabe dizer o motivo ao certo: se bateu um medo por ter encontrado 'o cara' ou se foi para ter certeza de faria a escolha certa. O fato é que, na época, deixou rolar um revival com o João, que só faltou explodir de alegria. Enfim havia recuperado seu verdadeiro amor. Ou quase...

Passado o susto, Maria deixou João novamente. E lá foram anos de mágoas, choros e questionamentos da parte dele: por que ela não o quis?

Recentemente, fiquei sabendo que João e Pedro estão amigos. Quase que de infância.

Daí a dúvida: seria esse fenômeno sinal de civilidade, modernidade ou falsidade mesmo?

sexta-feira, agosto 08, 2008

Sobre videntes

Quem me conhece, sabe que eu adoro fazer uma consultinha. Já fui a astrólogo, tarólogo, centro de umbanda, só ainda não fui ao Candomblé e ao mestre Chinês que uma amiga descobriu no centro do Rio (pode ser uma boa em época de Olimpíada). Mas de uns tempos para casa, estou achando esse negócio meio perigoso.

Imagina você ir num vidente e descobrir que ele é o maior carniceiro da guerra dos Bálcãs! Sinceramente, quando vi nos jornais a história da prisão do Radovan Karadzic não pude deixar de me imaginar numa consulta com Dragan Dabic, seu disfarce místico-curandeiro. Do jeito que eu e minhas amigas viciadas em videntes somos, se a gente tivesse de férias na Bósnia com certeza íamos acabar parando no consultório dele!

Sim, faço parte de um grupo de viciadas em previsões. Somente nos últimos dois meses, fui três vezes ao mesmo tarólogo. Não me perguntem o que tanto eu queria saber, porque nem eu sei responder. A intimidade foi tanta que ele até me convidou para sua festa de aniversário. Infelizmente, não deu para eu ir.

Não sou a única descompensada. Outra amiga foi a cinco videntes em apenas duas semanas, depois de terminar com um namorado. Outra fala com entidades e debate com a terapeuta o que foi dito no centro de umbanda.

São tantas as consultas, que as previsões se embaralham e a gente nunca sabe quem acertou mais. De nada adianta prometer que não vai mais gastar dinheiro com isso. É tudo da boca para fora, porque a gente sempre acaba voltando.

Bom mesmo seria abrir uma banquinha em que nós fôssemos as videntes. Aí em vez de jogar dinheiro fora, faturaríamos um trocadinho extra.

PS - A chuquinha dele não é um charme?