Churros com Limonada

quarta-feira, abril 16, 2008

Uma pitada de esperança - parte II

Neste fim de semana, meu amigo marinheiro só resolveu ir de barco para Angra dos Reis. Trajetória de um dia e meio, segundo ele, mas que sem motor, só com a força do vento ( ou sem ele), durou quatro dias.

Nada que o abalasse, claro! Ele até ficou contente de não ter ninguém ao lado, depois de passar um mês ouvindo reclamações de 12 mulheres todos os dias. Mas a melhor recompensa foi ter visto golfinhos nadando na saída da Baía de Guanabara. Difícil de acreditar.

Não sei se é pura sorte, mas esses não foram os únicos animais vistos por ele na baía. Segundo meu amigo, uma tartaruga aparecia todos os dias ao lado do seu barco, quando ele ainda estava atracado em uma marina da baía.

Se ele fosse pescador, teria certeza que era mentira. Como não é, restam as opções de animais mutantes ou de brinquedo. Ou quem sabe, o solão que fez na sexta-feira, dia que ele partiu, o fez ver coisas.

segunda-feira, abril 07, 2008

Por um emprego com menos caras amarradas

Emprego sim e outro também, é sempre a mesma coisa: tem fama de competente o funcionário que vive de cara amarrada. Parece que quanto mais eficiente o cara quer parecer, mais cara de bunda ele faz. E reclama também. O sujeito valorizado é sempre aquele que não tem tempo para nada e que parece que não gosta de ir para casa.

Pois na semana passada, Sisplau me surpreendeu com um artigo muito interessante publicado no jornal “La Vanguardia”. Assinado por um consultor de uma empresa espanhola chamada “Humor Positivo”, cujo objetivo é introduzir o bom humor e diversão nas empresas, contava que nem sempre trabalho foi sinônimo de chatice. Muito pelo contrário.

No passado, como a maioria das empresas era familiar, não havia muita divisão do tempo dedicado ao trabalho e ao descanso. Não era de todo bom, vamos combinar, mas de fato havia mais liberdade para fazer as coisas que se gostava, na hora que a pessoa queria. O resultado? O trabalho rendia mais.

O estraga-prazeres de tudo foi o calvinismo, defendido pelos primeiros colonizadores americanos. A partir deles, a austeridade ganhou espaço e o que antes era algo prazeroso, passou a ser um fardo.

Como somos todos neocolonizados americanos, aqui estamos, de fato sofrendo no trabalho ou pelo menos fingindo isso. Sempre muito atribulados, estressados, sem ter hora nem para ir ao banheiro (embora muitos dos funcionários-padrão gostem de passar horas no fumódromo). Está para nascer o dia que uma pessoa que trabalha de bom humor, brinca com seus colegas e resolve seus problemas sem passar para a chefia vai ser considerado competente. Pelo menos por aqui, infelizmente (nos EUA, segundo o artigo, o google já tem essa política de trabalho-diversão e por isso cresce tanto).

Já que vivemos tempos de anti-hegemonia americana, deveríamos tentar revolucionar também nessas pequenas esferas. Quebrar padrões estabelecidos por esses bocós que, como tudo mundo vê, falam muito e não fazem nada (ou quando fazem, dá m...).

Esse é um protesto contra o mau-humor e a invenção de problemas que não existem! Meu voto é sempre pelo riso (ainda que muitas vezes o preço a pagar saia bem caro)!

PS – Quer saber mais? Vá em www.humorpositivo.com