Personal Pazetto

E ontem chegou ao fim o "Brazil Next's Top Model". A final foi sem graça, mas não porque já tinha vazado o nome da vencedora. O programa foi mal editado, os desafios finais chatos – o que foi a participação de Daniela Mercury? – enfim, falta muito arroz e feijão para o programa poder ser comparado à versão original americana. A minha única conclusão é que quero um personal Pazetto.

O produtor Carlos Pazetto (foto), chamado para ser uma espécie de "mentor" das aspirantes a modelo, estava sempre "imprimindo" otimista. Vivia elogiando as meninas, apesar de muitas vezes elas serem execradas pelo júri. Ontem não foi diferente. Antes do desfile, encorajou as duas finalistas, Mariana Velho e Ana Paula Bertola, com palavras como "arrasa", "você pode"!! Depois, no extremo do nonsense, disse para todas as outras candidatas - já eliminadas da competição, mas gentilmente convidadas a participar do desfile - que todas podiam ser modelos, que a equipe sabia disso e que o programa abriria portas para todas elas.

Independentemente da veracidade dos incentivos, eu queria um personal Pazetto. Imagina se antes de sair para trabalhar ou para alguma festa, ele me dissesse a mesma coisa: "Vai, Limonada, arrasa!! Você pode!! A vida vai te abrir muitas portas". Um mês disso e minha auto-estima (e de qualquer outra garota) iria para a estratosfera.

Como diria a apresentadora Fernanda Mattos, conselho de Top: melhor não abusar! Se não, corre-se o risco de virar uma "sem noção", como se autodenominou a ganhadora Mariana Velho.