Vino
Já tentou sair da rotina? Sem querer, ontem foi um desses dias. Comecei cedo, bem cedo. Por obrigação. Tinha um encontro de trabalho às seis da manhã, em ponto. Acordei às 5h, saí de casa e o dia ainda não tinha clareado. Ao meio-dia, o corpo já não me obedecia mais. Eu trocava as pernas mesmo, enquanto pensava mais uma vez: “A idade é realmente cruel com o nosso organismo”.
Só me livrei da escravidão às 17h. Aproveitei pra assistir a um filme com o dia ainda claro. Era sobre a paixão, consumada, de uma professora de 40 pelo aluno de 15. Hum...Então, filme visto, a zumbi entrou no supermercado, nem sei bem por quê. Encontrei um vinho difícil e irresistível na prateleira. Mais uma quebra: em vez do tradicional cabernet sauvigon, optei por um malbec. Juntei com um saco de macarrão e molho de tomate e parti.
Vinte e um de março de 2007. Noite. Preparei um jantar romântico. Pra mim e myself, "be my guest". Pela primeira vez. Quem me conhece bem pouquinho mesmo sabe que isso sim é sair da rotina. Também não gosto de beber sozinha. E, finalmente, usei meu novo fogão pra algo diferente de ferver água. O imprevisível continuou: pus o macarrão no fogo e vi uma barata na porta. Gastar meio spray de SBP na cozinha foi o maior corta onda. Mas não queria me abater.
Terminei a pasta e ficou meio grudada. Encharquei de molho e fingi que não vi. Ao tentar abrir o vinho, o saca-rolha quebrou dentro da garrafa. Xinguei gerações, pensei em todas as leis de Murphy, estava quase chorando e entendi por que o ser humano precisa fazer terapia. Marquei a minha! Beber um dos meus vinhos preferidos, sozinha, em casa, tinha virado a maior tortura. Também serviu para comprovar que o defeito do meu signo é a persistência e a teimosia. Não dá pra descrever o quanto eu suei – e demorei - pra conseguir tirar o ferro quebrado de dentro da cortiça.
Servi perfeitamente a taça e bebi. Enquanto isso, graças a Deus, Nina Simone cantava:
"My baby don't care for shows
My baby don't care for clothes
My baby just cares for me"
Foi um dos melhores goles de vinho da minha vida.
Só me livrei da escravidão às 17h. Aproveitei pra assistir a um filme com o dia ainda claro. Era sobre a paixão, consumada, de uma professora de 40 pelo aluno de 15. Hum...Então, filme visto, a zumbi entrou no supermercado, nem sei bem por quê. Encontrei um vinho difícil e irresistível na prateleira. Mais uma quebra: em vez do tradicional cabernet sauvigon, optei por um malbec. Juntei com um saco de macarrão e molho de tomate e parti.
Vinte e um de março de 2007. Noite. Preparei um jantar romântico. Pra mim e myself, "be my guest". Pela primeira vez. Quem me conhece bem pouquinho mesmo sabe que isso sim é sair da rotina. Também não gosto de beber sozinha. E, finalmente, usei meu novo fogão pra algo diferente de ferver água. O imprevisível continuou: pus o macarrão no fogo e vi uma barata na porta. Gastar meio spray de SBP na cozinha foi o maior corta onda. Mas não queria me abater.
Terminei a pasta e ficou meio grudada. Encharquei de molho e fingi que não vi. Ao tentar abrir o vinho, o saca-rolha quebrou dentro da garrafa. Xinguei gerações, pensei em todas as leis de Murphy, estava quase chorando e entendi por que o ser humano precisa fazer terapia. Marquei a minha! Beber um dos meus vinhos preferidos, sozinha, em casa, tinha virado a maior tortura. Também serviu para comprovar que o defeito do meu signo é a persistência e a teimosia. Não dá pra descrever o quanto eu suei – e demorei - pra conseguir tirar o ferro quebrado de dentro da cortiça.
Servi perfeitamente a taça e bebi. Enquanto isso, graças a Deus, Nina Simone cantava:
"My baby don't care for shows
My baby don't care for clothes
My baby just cares for me"
Foi um dos melhores goles de vinho da minha vida.
1 Comments:
Figureta, adorei.
Depois de madrugar, deve ter chapado de sono com esse vinho gostoso, né?
beijoca.
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