Aula de felicidade

Li na internet que dois mil alunos britânicos vão ter aula sobre felicidade no próximo ano letivo. Parece estranho, mas o que está se tentando fazer é diminuir a incidência de estudantes depressivos – estatísticas oficiais do país mostram que 10% das crianças entre 10 e 12 anos sofrem de problemas como depressão e falta de auto-estima devido à pressão da vida moderna.

Tomara que a medida realmente ajude a combater o que acredito ter se tornado ‘a ditadura da felicidade’. Hoje em dia, todo mundo tem que estar 100% satisfeito com tudo. Difícil ver alguém reconhecer que tem problemas no trabalho, com namorado, família ou amigos. O negócio é a felicidade plena, mesmo que seja tudo aparência. Infelizmente, tem gente que acredita que tem que ser feliz sempre – o que ninguém é - e acaba se tornando o frustrado por não ser. Esquecem-se que nós somos seres humanos, passíveis tanto de coisas boas quanto de ruins.

Felicidade para mim é coisa de momento. Na maior parte do tempo, me sinto normal. Nem triste, nem alegre. E, na boa, ser feliz o tempo todo deve ser muito chato. Para mim, parece coisa de bobo-alegre.